quarta-feira, 12 de março de 2008
Quem ele era, e por que Marilyn Manson???
Seu Verdadeiro nome é BRIAN WARNER, nascido em 5 de janeiro de 1969, e pouca gente sabe, mas ele era jornalista antes de incorporar seu personagem. " As vezes eu escrevia crônicas, mas quase sempre era obrigado a fazer reportagens. Só que isso não me satisfazia, por que eu queria falar sobre mim, e não criar outras pessoas e outros mundos para eles...". Talvez por ter estado do outro lado, ele diz que não se irrita tanto quando muitos ex-colegas de profissão vivem acusando ele de fantasiar seus problemas de infância com o único intento de incrementar o seu marketing pessoal. Seu pseudônimo vem das misturas de nomes como o da atriz MARILYN Monroe e do assassino Charles MANSON.
Como ele se descreve e quais suas inspirações ???
Surpreendentemente ele se diz tímido, mas que é do tipo que diz o que pensa na lata. Considera-se um rebelde, e confessa não existir mais diferenças entre o Manson dos palcos e a pessoa que existe fora dela. A única coisa que muda, segundo ele, é a maneira de se vestir. "Algumas pessoas me consideram como alguém estritamente negativo, incapaz de amar. Quase ninguém é insano o suficiente para unir o positivo ao negativo, eu busco isso. Eu vivo a vida assim, as coisas com que me preocupo é que me fazem feliz sentir melhor e maior, me dão a capacidade de amar. Com o ódio também é assim". Ele se diz um admirador de David Bowie, Madonna, Alice Cooper, Iggy Pop e Kiss. Ele também disse que a música foi a válvula de escape para que ele não se tornasse um serial-killer também. Obcecado pelo tema, leu todas as biografias dos mais famosos serial-killers como Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, Daivid Berkowitz, entre outros, e disse saber exatamente o que se passava por suas mentes, pois já sentiu o que eles sentiram. "Eles viviam a vida como se ela tivesse lhes tirado tudo de bom, então a única maneira de se expressarem foi cometer crimes hediondos. Não estou dizendo que amanhã vou pegar uma arma e matar quem estiver na minha frente. Eu não quero ser preso, pois não poderia cantar mais..."(risos)
A Infância perturbada e o Cristianismo...
Ele confessou ter sido vítima de abuso sexual por parte de um vizinho quando tinha 8 anos de idade. Ele sempre foi muito frágil e magro, e vivia apanhando dos seus colegas na escola. Apesar de vir de uma família rica e de sempre ter estudos em colégios de elite e - pasmém - religiosos, disse que possui um ódio mórbido do seu avô que, segundo ele, foi a pessoa mais má de que já teve notícia, um pervertido sexual. "Minha infância foi uma merda, eu sempre estava fugindo de algo e de alguém. Minha única fuga era ouvir Heavy Metal. Era a melhor maneira de sair da minha realidade...". Ainda adolescente ele passou a usar o blush e o batom da mãe e a usar máscaras de Halloween, não se importando se fosse Natal ou 4 de Julho. Ele diz que tudo isso foi a culpa incutida pelo cristianismo que, segundo ele, impede que as pessoas sejam entes individuais. Usar a maquiagem foi a maneira que ele encontrou de ser diferente. "Todo mundo tem que ter um demônio dentro de si. Foi o Demônio que conseguiu manter o cristianismo em pé por tanto tempo. Você não tem um sem o outro. Eu quero mostrar às pessoas os dois lados, é como Marilyn e Manson...".
Satanismo e Filosofia...
O maior fator de revolta dos anti-Marilyn Manson é a crença religiosa do vocalista. Afinal, ele admite ser satanista e anticristo, tendo sido convertido à doutrina durante sua turnê com o Nine Inch Nails, em 1994. Em passagem pela Califórnia, Marilyn Manson se encontrou com Dr. Anton Szandor LaVey, fundador da Igreja de Satã, e do Best-seller "A Biblía Satânica". O papo foi bom, os dois se identificaram e LaVey lhe deu um cargo de Padre. É por isso que Manson, ocasionalmente, autodenomina-se "Reverend Marilyn Manson". "De fato, sou um padre na Igreja de Satã!" ele diz, orgulhosamente. "O Satanismo é uma filosofia que me fascina, é a maior rebelião contra a ordem e Deus. Mas também me interesso por Nietzche, Freud, o fim do mundo e outras filosofias. O satanismo é normalmente percebido como a adoração do diabo. Na realidade, o satanismo é a obliteração do cristianismo, que objetiva controlar as pessoas. Elas, enfim, podem escolher viver com suas próprias forças internas..."
"As pessoas precisam aprender que eles podem ser diferentes se quiserem. Se eu puder apontá-los para a direção certa, eu o farei, pois por causa da religião, muitas pessoas se sentem culpadas por serem elas mesmas. Há um mundo inteiro, com pensamentos livres, idéias próprias, enfim, de individualidades, que precisa ser urgentemente explorado! As crianças devem saber que não estão sozinhas. Por ser tão extremo, quero dizer que qualquer um pode viver fora da sociedade e ter sucesso. Não estou dizendo 'seja como eu', e sim 'liberte-se e seja você. E eu tenho certeza que os garotos me entendem..."
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